Em 1972, a música brasileira vivia um de seus anos mais inspiradores e profícuos. No auge da repressão da ditadura vivida no Brasil, o ano marcou o momento de plenitude de uma geração de artistas que surgiu e se encontrou na música a partir da bossa nova, como também iniciou uma fase áurea da indústria fonográfica no país. O ano de 1972 representou um verdadeiro breakthrough em carreiras de artistas que já vinham traçando uma trajetória consistente.

Na foto: Carlos Malta e grupo Pife Muderno Créditos: Maria Mazzillo

 

Para este especial ciclo no Sesc 24 de Maio, foram escolhidos seis discos que sintetizam um pouco desse ano extraordinário na música brasileira, além de um disco internacional:

“Transa”, de Caetano Veloso;

“Elis”, de Elis Regina;

“Expresso 2222”, de Gilberto Gil;

“Clube da Esquina”, de Milton Nascimento e Lô Borges;

“Acabou Chorare”, dos Novos Baianos;

“Dança da Solidão”, de Paulinho da Viola;

“Talking Book”, de Stevie Wonder.

De setembro a dezembro, cada disco será apresentado em dois shows com artistas representativos da cena musical brasileira que abraçaram o desafio de interpretar esses grandes clássicos da MPB.

Para a estreia do projeto, Carlos Malta Pife Muderno, junto com convidados, se lançam ao desafio de interpretar “Expresso 2222”, de Gilberto Gil, disco que marca o seu retorno ao Brasil depois de anos de exílio em Londres.

Gilberto Gil é um escultor de melodias, rimas e ritmos que agregam referências que vão desde Luiz Gonzaga, Jimmy Hendricks, Jackson do Pandeiro, Rolling Stones até Zabumba Caruaru. Com seu violão suingado, somado a sua voz livre Gil traz frescor e amplia a visão sobre como se faz música na década de 70, e cria um clássico para nossos tempos. A guitarra é elemento marcante ao longo do LP e revela a influência do rock inglês na fase em que Gil, voltando do exílio, apresenta ao mundo seu Expresso. Neste show, Sergio Chiavazzoli é o guitarrista convidado para trazer estes timbres que entraram para a história da MPB. A voz de Gil é um instrumento marcante e para recriar alguns momentos, convidamos o jovem talento Matu Miranda (cantor e compositor), improvisador da voz, influenciado pela liberdade que Gil ensinou.

Carlos Malta, logo após sua saída do grupo de Hermeto Pascoal, onde tocou por 12 anos, fundou uma banda de pífanos (1994), com uma formação minimalista, o Pife Muderno, ao lado de músicos como Andrea Ernest DiasMarcos SuzanoDurval Pereira e Bernardo Aguiar. Com singularidade, o grupo une elementos da tradição às linguagens contemporâneas, com referências históricas que são o elo entre a música de câmara e indígena, o jazz e a MPB. Carlos Malta e Pife Muderno se apresentou em importantes palcos e festivais do Brasil e do mundo, tem três álbuns lançados ao longo da carreira, sendo o primeiro (1999) indicado ao Grammy Latino, e agora em 2022 está lançando 4 álbuns dedicados à obra de Gilberto Gil.

 

Serviço

Carlos Malta e Pife Muderno

interpretam “Expresso 2222” de Gilberto Gil

Datas: 3 e 4/9, sábado às 20h e domingo às 18h.

Local: Sesc 24 de Maio, rua 24 de Maio, 109, São Paulo – 350 metros da estação República do metrô

Classificação: Livre

Ingressos: sescsp.org.br/24demaio e nas bilheterias das unidades Sesc SP. R$40 (inteira), R$20 (meia) e R$12 (Credencial Sesc).

Duração do show: 90min

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