Espetáculo musical ‘Cordel Viajante’ conduz o público a uma viagem poética e vibrante pelo sertão nordestino

O Núcleo Artístico Forró do Candeeiro faz cinco apresentações gratuitas do espetáculo musical “Cordel Viajante” a partir do dia 24 de maio, quarta-feira, às 21h, no Teatro Arthur Azevedo. As outras sessões estão confirmadas nos dias 25 de maio, às 21h, no Teatro Paulo Eiró; 14 de junho, às 21h, no Teatro Alfredo Mesquita; e 21 de junho, às 21h, no Teatro Cacilda Becker. A última apresentação dessa nova temporada ainda está com a data em aberto.   

Fotografia colorida de Cordel Viajante por Caio Galucci
Cordel Viajante | Foto: Caio Galucci

Trata-se de uma viagem poética ao sertão nordestino. Com texto do poeta e escritor baiano Marco Haurélio e direção de Raul Figueiredo, o trabalho une forró, baião, xaxado, galope, rastapé e canções juninas à poesia de cordel e à xilogravura. Nesse contexto, o repertório é formado de canções eternizadas por Gonzagão, Dominguinhos, Sivuca, Trio Nordestino, Gil, Zé Dantas, Antônio Barros, Assissão e Humberto Teixeira.

Na trama, o público conhece Juarez, o protagonista da história, interpretado pela atriz Rosa Piscioneri. Ele parte em uma jornada de volta ao sertão nordestino para reencontrar sua amada Maria, após tentar a vida na cidade grande.

Enquanto busca por suas raízes, o personagem conduz os espectadores por paisagens, sensações e particularidades dessa região. A viagem atinge o ápice quando ele, enfim, reencontra seu grande amor, durante uma linda Festa de São João em uma noite estrelada.

Juarez personifica o povo nordestino, muitas vezes impelido a migrar pelo Brasil em busca de novas oportunidades, a ponto de acabar castigado pela saudade de viver distante da terra natal.

Ao longo da narrativa repleta de rimas, desenvolvida por Marco Haurélio, estão expostas tanto questões sociais quanto de sabedoria da cultura nordestina. O autor também é pesquisador da literatura de cordel e do folclore brasileiro.

“Todos os poemas foram compostos a partir das canções previamente escolhidas, costurando-as à jornada do protagonista. Esses textos precisavam ser curtos e incisivos, carregados de lirismo, mas sem pieguice. Escrevi tudo como se fosse um sonho de Juarez”, relata Marco.

Para completar toda essa atmosfera, o cenário, assinado por Dhiego Bueno, remete às estampas dos livretos de cordel, com ilustrações carregadas de símbolos sertanejos em xilogravuras criadas pelo artista Cadu Souza (Xilogravuras do Benedito).

O espetáculo estreou em uma temporada online em 2021, com direção de João Paulo Lorenzon. “Ele foi fundamental para fazer a conexão entre o protagonista e a banda. Há um diálogo entre Juarez e os instrumentos que evocam imagens e sensações. João também trouxe para a cena uma dimensão do sonho traduzido nas memórias e lembranças do personagem em sua viagem de volta ao sertão”, conta a cantora Julia King, que idealizou e produz o projeto.

Hoje, o “Cordel Viajante” conta com a direção de Raul Figueiredo. “O trabalho meticuloso dele e a forma lírica e lúdica com que o Forró de Candeeiro armou a latada completaram essa feliz junção de imaginários”, acrescenta Marco Haurélio.

Essas cinco apresentações do trabalho foram contempladas pelo 3º Edital de Fomento ao Forró.

Sobre o Núcleo Artístico Forró do Candeeiro

O Forró do Candeeiro nasceu a partir do grupo Forró do Cruzeiro, responsável por realizar apresentações em praças públicas em eventos comunitários na cidade de São Paulo para comemorar o São João.

Atualmente, o coletivo é formado por Daniel Doctors (baixo e voz), Ed Encarnação (zabumba), Fabio Katz (guitarra e voz), Julia King (voz), Rodrigo Scarcello (sanfona e voz), Wellington Tibério (percussão) e Camilo Zorrilla (percussão).

O espetáculo “Cordel Viajante” uniu esses artistas, que desejavam exaltar e homenagear a riqueza da cultura popular nordestina, em suas diversas linguagens.

SINOPSE

O espetáculo é uma viagem musical pela cultura popular brasileira, que une diversas manifestações artísticas, como forró, poesia de cordel e xilogravura. Cantado em clássicos do forró e contado em poesia de cordel, o trabalho narra a jornada de Juarez de volta para o sertão para reencontrar sua amada Maria. Memórias e sentimentos impulsionam sua caminhada pelos símbolos e paisagens desse lugar.

FICHA TÉCNICA

Voz: Julia King

Sanfona e voz: Rodrigo Scarcello

Baixo e voz: Daniel Doctors

Violão e voz: Fábio Katz

Zabumba: Ed Encarnação

Percussão: Camilo Zorrilla

Triângulo: Wellington Tibério

Narração/ Atriz: Rosa Piscioneri

Equipe Técnica:

Idealização e produção: Julia King

Direção Musical: Daniel Doctors e Rodrigo Scarcello

Texto/Poesia de Cordel: Marco Haurélio Fernandes Faria

Direção de cena: Raul Figueiredo

Figurino: Vic Constantino

Iluminação: Lúcia Galvão

Técnico de som: a ser definido

Maquiagem: Kathia Laurindo

Fotografia: Caio Galucci

Cenografia: Dhiego Bueno
Ilustrações: Cadu Souza (Xilogravuras do Benedito)

Siga o Forró do Candeeiro no Instagram: @forro_do_candeeiro

 

SERVIÇO

Cordel Viajante, do Núcleo Artístico Forró do Candeeiro
Classificação: Livre

Duração: 60 minutos

TEATRO ARTUR AZEVEDO
Data: 24 de maio, quarta-feira, às 21h
Endereço: Avenida Paes de Barros, 955, Alto da Mooca
Ingressos: gratuitos | Retirada na bilheteria uma hora antes do início do espetáculo
Acessibilidade: o espaço é acessível para pessoas com mobilidade reduzida

TEATRO PAULO EIRÓ
Data: 25 de maio, quinta-feira, às 21h
Endereço: Avenida Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro
Ingressos: gratuitos | Retirada na bilheteria uma hora antes do início do espetáculo
Acessibilidade: o espaço é acessível para pessoas com mobilidade reduzida

TEATRO ALFREDO MESQUITA
Data: 14 de junho, quarta-feira, às 21h
Endereço: Avenida Santos Dumont, 1770, Santana
Ingressos: gratuitos | Retirada na bilheteria uma hora antes do início do espetáculo
Acessibilidade: o espaço é acessível para pessoas com mobilidade reduzida

TEATRO CACILDA BECKER
Data: 21 de junho, quarta-feira, às 21h
Endereço: Rua Tito, 295, Lapa
Ingressos: gratuitos | Retirada na bilheteria uma hora antes do início do espetáculo

Acessibilidade: o espaço é acessível para pessoas com mobilidade reduzida