MC Anarandà: Mulher indígena é a primeira cantora do Mato Grosso do Sul a lançar músicas em Guarani nas plataformas digitais

A cantora de rap MC Anarandà chega as plataformas de streaming de música neste sábado, dia 10 de agosto, mas os fãs já podem fazer o “pré-save”, colaborando assim com a propagação e difusão das músicas da primeira cantora indígena, da etnia Guarani Kaiowá de Mato Grosso do Sul, a chegar nos principais meios digitais de distribuição musical no mundo. Link oficial: https://tinyurl.com/AnarandaFeminicidio

Nascida na Aldeia Guapoy, em Amambai-MS, filha e neta de rezadeiras tradicionais, Anarandà tem trabalhado e se dedicado para ser uma porta voz das mulheres indígenas através da musica com letras que trazem mensagens de luta, e da realidade das comunidades tradicionais.

“Feminicídio” e “Che machu mandu’ akuemi” (em português As lembranças da minha avó) serão as primeiras disponíveis, ambas são músicas autorais cantadas em português e guarani, com videoclipes disponibilizados no Youtube material audiovisual produzido nas aldeias e na cidade de Dourados, também no estado do Mato Grosso do Sul.

“Fizemos um cuidadoso trabalho musical, e estamos muito felizes de chegar ao mundo digital. Quero agradecer muito a minha equipe e aos meus fãs, há tempos eles vêm solicitando isso e a hora chegou, vamos difundir e levar a mensagem de resistência e luta do meu povo nesses canais que tem alcance mundial”, comentou a cantora.

A produção desse trabalho foi realizada pela Sonhares Filmes e Orum Sounds, com equipe composta por Vinil Moraes, Marineti Pinheiro, Pitter Marques, Wagner Bagão, A+ Assessoria e Sérgio Narciso da Graxa Pura.

Fotografia colorida de MC Anarandà - Mulher Indígena por Eduardo Medeiros
MC Anarandà | Foto: Eduardo Medeiros

Histórico

Anarandà que em Guarani é Randà Kuña Poty Rory, significa em português “Mulher Brilhante carismática e comunicadora”. Atriz, digital influencer, compositora autodidata, professora de Guarani, estudante universitária e mãe Anarandà tem realizado shows e palestras, sempre falando do seu trabalho musical, ancestralidade, resistência às dificuldades dos povos indígenas, mas também do talento que existe nas comunidades tradicionais.

Sua carreira iniciou em um festival de música em Amambai, em que conquistou o terceiro lugar representando a cultura hip hop, já se apresentou no Congresso Nacional, ao lado de Nando Reis no Mineirinho em BH, e Maria Gadu, nos Festivais Brasil é Terra Indígena em Brasília, FestJuv em Campo Grande e no Theaterformen, na Alemanha. Acompanhe o tralho pelo Instagram: @anarandagk21

Links no Youtube:

Feminicídio

https://www.youtube.com/watch?v=ZPND6plG4Zo

Che Machu

https://www.youtube.com/watch?v=lraJ8C3PvbE