O Sesc Pompeia abre as portas para artistas que estão dando os primeiros passos no mundo ilimitado da música aqui no Brasil. E você vai saber em primeira mão por aqui, como é o show que traz destaques do cenário musical, que estão despontando nos rolês alternativos e nas playlists por aí. A cobertura de hoje é sobre os shows de Bia Doxum e Brisa Flow, que fizeram uma apresentação incrível na última quinta-feira (05/08), na comedoria do Sesc

Foto: Diogo França | @difgomez

Quem abriu a noite de festa, com um repertório transbordando amor, foi a ilustre Bia Doxum, cantora e compositora da zona leste de São Paulo. Bia iniciou sua carreira aos 15 anos, influenciada pelo movimento hip hop e pela literatura periférica que se proliferavam nos saraus de poesia das periferias da cidade. DOXUM traz à tona uma versatilidade artística que permeia o vasto universo da música negra, indo do hip hop ao ijexá, do samba ao soul.

Na sequência, Brisa de la Cordillera, mais conhecida como Brisa Flow, levou ao palco uma apresentação única. Música, dança, ritmo e poesia, ancestralidade e luta. O show ainda contou com as participações mais que especiais de Sodomita e Abi Llanque.

Foto: Diogo França | @difgomez

Brisa é cantora, musicista, compositora, poeta, performer, produtora musical, ativista e um dos principais expoentes do indígena futurismo no Brasil. Filha de um casal de artistas chilenos, nascida em Minas Gerais, iniciou seu processo artístico em Belo Horizonte e mistura a levada latina com rap, eletrônico e neo/soul.

O Prata da Casa

Desde 1999, ano da primeira edição, algumas centenas de artistas já passaram pelo projeto, incluindo nomes hoje conhecidos como Ceumar, Romulo Froes, Vanessa Da Mata, Karol Conka, Filipe Catto, Iara Rennó, Fabiana Cozza e mais. São vozes que ecoam Brasil afora e que, no momento em que subiram ao palco da Comedoria, estavam dando os primeiros passos. 

O que você ainda vai poder curtir sem pagar nada: 

11 de agosto, Jéssica Caitano e Cronixta   

A Jéssica Caitano é de Triunfo, no Sertão do Pajeú de Pernambuco, terra de lendários repentistas nordestinos. Em parceria com o produtor Chico Correa, ela assina o projeto “Surra de Rima”, em que desenvolve sua poesia com flow agressivo e empoderado. A narrativa de Jéssica representa a mulher nordestina, suas lutas e a conexão com a terra. No show que ela apresenta no Prata, festa e terreiro são apresentados como lugares de consciência. Uma poderosa celebração!  

O rap também é o fio condutor de Cronixta. Nascido e criado em Belém, no Pará, os gêneros latino-brasileiros e as sonoridades amazônicas dão o tom e o groove do seu trabalho. Cronixta vai apresentar reflexões sobre mudanças climáticas, negacionismo e desmatamento no show intitulado “Maiandeua”

18 de agosto, Sexteto Sucupira e Berra Boi   

Berra Boi é um trio instrumental da Paraíba que mistura sonoridades urbanas e nativas da América Latina e da África, passeando por beats de funana, ragga, dub, cumbia e baião. Essa mistura bebe em diversos estilos festivos dos guetos do planeta. O trio formado por Lucas Dan, Chico Correa e João Cassiano Silva vem atuando em palcos de música instrumental, festas e projetos de artes experimentais.  

Sexteto Sucupira traz a cultura regional nordestina com seus baiões, xaxados, xotes e ijexás. O grupo reside no Rio de Janeiro, mas faz uma mescla do universo do forró e jazz com as heranças culturais ibéricas, africanas e da música caribenha. Guitarras incendiárias, bandolins acelerados, saxofones, pifes e apitos loucos se misturam com a percussão, contrabaixo e bateria numa verdadeira alquimia musical! 

25 de agosto, Fabriccio e Luiza Brina 

Acompanhado de sua banda, o capixaba Fabriccio vai apresentar no Prata um show exclusivo do disco “Selva”. Esse trabalho abre caminhos para falar sobre leveza e afeto; e o amor cantado por um homem negro em tempos de violência. Fabriccio Oliveira é de Vitória, Espírito Santo, e o contato muito presente que ele teve com o mar cria a sintonia vital que se reflete em sua musicalidade. A construção musical do álbum mescla elementos da MPB com referências do reggae, rock, R&B e soul, drum and bass e jazz. Um show de afetividade preta, sensibilidade masculina, espiritualidade e autoconhecimento.  

Luiza Brina é cantora, compositora, arranjadora, produtora musical e multi-instrumentista. Ela está em turnê com o show do último disco, “A Toada Vem É Pelo Vento”. A artista mineira revisita a obra, mesclando em seu repertório composições próprias e em parceria com nomes como Luiza, César Lacerda e Thiago Amud. No palco, assumindo voz, violão e guitarra, Luiza se une a cinco instrumentistas, permeando sua sonoridade com baixo acústico, percussões e sintetizadores, levando suas toadas para um novo contexto. Um espetáculo pra cantar junto!  

Demais artistas 

Nos meses seguintes, semanalmente às quintas-feiras, os shows gratuitos com retirada de ingressos com uma hora de antecedência, na bilheteria do Sesc Pompeia continuam e até dezembro de 2022, o público, amantes de música, poderá conhecer o trabalho de Jadsa, Larissa Conforto, Ctrl+n, The Raulis, Nego Bala, Nath Rodrigues, Troá, Lívia Nery, Anna Suav + Bruna Bg, Seu Pereira, Dandara Manoela, Marissol Mwaba, Arquétipo Rafa, Martins, Victor Xamã, Andre Prando, Karol de Souza, Uma, Obinrin, Janine Mathias, Ziminino, François Muleka, entre outros. 

 

Agradecimento especial ao time de imprensa do Sesc Pompeia.