WME se consolida como uma das principais conferências de música do país
O Women’s Music Event (WME), plataforma de reconhecimento e protagonismo das mulheres da indústria da música, que também inclui o WME Awards e o Selo Igual, teve recorde de público em sua edição anual que aconteceu no último final de semana em São Paulo, com participação online de pessoas de mais de dez países ao redor do mundo.
A conferência com shows gratuitos foi acompanhada por 6 mil pessoas durante seus quatro dias e 1 mil acessos online em 14 países: Brasil, Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá, Colômbia, Indonésia, Irlanda, Polônia, Portugal, Rússia, Espanha, Suíça e Uruguai.
Frequentado por parte importante de quem faz a indústria da música no Brasil, o evento teve presença de Assucena (As Baías), Jonathan Ferr, Arthur Fitzgibbon (oneRPM), Bruna Alimonda (Abacaxepa), Fabrício Nobre (Bananada/Cine Jóia), Janine Mathias, Thalma de Freitas, Luiza Brazil, Luiz Chagas, Nina Oliveira, entre muitas outras pessoas de grande relevância para a área.
Dentre os debates do encontro, assuntos atuais e necessários foram incluídos.
“Quando eu chego do Norte [do Brasil], falo para os meus parceiros de trabalho que precisamos sair dessa bolha que vivemos e ouvir esses artistas de lá; abrir um canal para eles serem ouvidos e se expressarem”, provocou Polly Ferreira que participou do painel da Deezer com audição do novo álbum de Dona Onete, Bagaceira (2023). “A vida das pessoas negras, não só no Brasil, em diáspora, vai refletir no trabalho do artista. Qualquer coisa que esteja na Feira Preta vai ser honesta porque faz sentido na nossa história. É importante a ampliação de consciência de repertório nos festivais. Não é legal quando é só para cooptar para o marketing. Marca participa da conversa, mas não lidera”, levantou Adriana Barbosa, criadora da Feira Preta.
Além dos debates e das presenças, o WME se consolida a cada ano como um dos maiores e mais importantes atos da indústria da música no país.
“Para o próximo ano queremos uma presença maior de homens ouvindo o que as mulheres da música têm a dizer. Homens aprendendo com mulheres é muito poderoso e vai chancelar a capacidade de mulheres produzirem e criarem na área da música. Queremos expandir para este campo nos próximos anos”, completou Monique Dardenne, cocriadora do WME.
Confira aqui tudo o que rolou na 8ª edição do WME.
Sobre o WME
O Women’s Music Event (WME) é uma plataforma de música, negócios e tecnologia criada para aumentar o protagonismo da mulher na indústria da música. Idealizada por Claudia Assef e Monique Dardenne em 2016, a plataforma estreou em março de 2017 com o maior encontro de mulheres da indústria da música em São Paulo, atraindo mais de mil pessoas em painéis de debate, workshops, shows e festas.
Desde então, já realizou sete edições do WME. Além do encontro, acontece anualmente a WME Awards by Music2!, premiação desmembrada em três frentes: categoria voto popular, categoria voto técnico e homenageadas pelo conjunto de sua obra. Como desdobramentos, o WME lançou em 2019 seu aplicativo Cadastro de Profissionais e em 2021 o Selo Igual.